EM PRIMEIRA MÃO – Com a saída de Álvaro Rodrigues do cargo de CCO e CEO da 3A Worldwide, noticiada em primeira mão pela Janela (veja aqui), a agência se prepara para contratar novos talentos e mudar a sua estrutura operacional.

Em conversa com este colunista, o sócio Roberto Amarante antecipou que, até o final de outubro, definirá novos nomes para o comando das áreas de atendimento, digital, mídia e produção. Estes gestores, em conjunto com Henrique Carvalho, diretor de criação da agência, formarão um board responsável por gerenciar a 3AWW no Brasil, reportando-se diretamente aos sócios da agência Antonio Frota e Marcius Lee, além do próprio Amarante. Sem entrar em detalhes sobre a motivação da separação, ele explicou:

– A saída de Álvaro, que é meu amigo pessoal há anos, foi extremamente amigável e consensual. As duas partes, porém, concluíram que os resultados da união não foram os esperados e ambos deveríamos buscar novos caminhos.

O novo modelo, justifica o executivo, vai se basear agora na descentralização do poder:

– Este é um formato que a 3AWW está adotando em todo o mundo, o de que nenhum indivíduo ou talento está acima da marca. A marca é a gestora — defendeu.

A 3A hoje, conta Beto Amarante, é uma rede que atua em 21 países. A marca “3A Worldwide” é propriedade de executivos do Brasil, México e Espanha, que a licenciaram para as agências das 18 outras regiões. Estas agências pagam um fee aos licenciadores e ganham acesso a uma troca de informações e tecnologias através do mundo.

Amarante conta que, inclusive, com criação do Brasil, a 3A de Marrocos já chegou a ganhar uma concorrência da LG, levando até a que o mesmo trabalho agora seja aproveitado pelo cliente em outros países.

Em dezembro, o Brasil vai sediar um summit da 3AWW com a presença de executivos dos demais países, onde serão discutidas, inclusive, as novas tendências de remuneração da atividade publicitária através do mundo, com o crescimento da área digital.